"A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos. Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo." (BNCC, 2018, p. 58)

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Encanto em (Re)conto

Área(s): Linguagens.

O objetivo desta prática foi desenvolver em todos os alunos da escola, incluindo os alunos especiais, o gosto pela leitura, incentivando-a e fazendo dela um processo de encanto e prazer.

Componente(s) curricular(es) envolvido(s):
Língua Portuguesa.

Quando:
Em qualquer época do ano.

Materiais:
  • livros;
  • DataShow;
  • vídeos;
  • cartazes com cópia das ilustrações dos livros aumentadas;
  • fantoches;
  • instrumentos musicais;
  • materiais para confecção de cenários e figurinos.
Habilidades trabalhadas:
EF15LP03; EF15LP04; EF15LP10; EF15LP15; EF15LP16; EF15LP19
Professor(a) responsável:
Albanice Ferreira da Silva.

Escola:
EC 54, Taguatinga (DF).

O que é:

Este projeto de (re)contação de histórias teve um longo caminho. Passou por duas etapas até chegar naquilo que o define:

A sala de leitura da escola tinha um espaço reduzido por causa de pilhas de livros acumulados desde a década de 1970. Era impossível localizar as obras solicitadas por professores e alunos.

Diante desse cenário, comecei, com as colegas da biblioteca, uma reestruturação do ambiente. Foram retiradas cinco toneladas de materiais recicláveis, que resultaram na compra de uma impressora e de um leitor de código de barras, totalmente necessários para a etapa seguinte do trabalho: a informatização;

Com o apoio da direção, adquiri um computador e um programa de automação de biblioteca, que nos possibilitou ter controle sobre o acervo, os empréstimos e as devoluções das obras. Conseguimos também confeccionar as carteirinhas dos leitores e as etiquetas dos livros, com códigos de barra, e produzir relatórios.

A informatização daquele setor influenciou diretamente na qualidade do serviço prestado, otimizando o processo de atendimento.

Em abril de 2017, propus um concurso de criação do nome e da logomarca da nossa biblioteca. Todas as crianças da escola tiveram a oportunidade de participar. A sala de leitura recebeu o nome “Biblioteca Ana Maria Machado”. Quem ganhou o concurso da logomarca foi uma aluna do 2º ano.

A reinauguração da biblioteca ocorreu em 27 de abril. A partir daquela data, começamos a emprestar obras literárias para todos os alunos e servidores e, também, a atender as turmas semanalmente.

Cada uma tinha um horário fixo de 30 minutos para leitura na biblioteca. Nós, professores readaptados, atuantes na sala de leitura, temos uma responsabilidade grande de dar suporte ao professor regente. Habitualmente, atendemos a mais de 750 alunos.

Certo dia, um aluno do primeiro período abriu um livro e ficou “lendo” as páginas de cabeça para baixo. Naquele momento, percebi que não bastava o trabalho que já tínhamos realizado, faltava ainda mediação e direcionamento.

Nasceu ali um novo projeto dentro de mim. Senti a necessidade de atrair as crianças não apenas para o espaço de leitura, mas à leitura em si.

Iniciei, então, um novo desafio: a contação de histórias, usando como referência datas comemorativas ou assuntos trabalhados em sala de aula, em diversas áreas do conhecimento.

A ideia era fazer com que, a partir das histórias, os alunos desenvolvessem atividades correlatas, como produção de textos, poemas e ilustrações ou a recontação das histórias por meio de dramatizações.

A contação e a (re)contação das histórias com temas diversificados despertam o gosto pela leitura, formam leitores em potencial, aguçam a criatividade e, ainda, dão aos alunos a oportunidade de se desenvolverem artisticamente. Com a dramatização das histórias, eles se tornam personagens, o que proporciona um envolvimento ainda maior com a literatura.

As peças teatrais utilizam cenários temáticos, figurinos e adereços feitos pela equipe da biblioteca. 

Como fazer:

Quando a Biblioteca Ana Maria Machado foi reinaugurada, fizemos a contação de uma história da autora. Foi o texto Menina Bonita do Laço de Fita. Realizamos também outras atividades diferenciadas, como contação de história com fantoches e exibição de filmes, entre eles, A menina que Odiava Livros, cuja história mostra que é possível viajar no mundo da leitura e adquirir conhecimentos diversos.

Naquele dia comemorativo, distribuí, ao final de cada sessão, potinhos de algodão doce para todos os alunos da escola.

Em outra oportunidade, foi exibido um vídeo que mostrava como se comportar adequadamente numa biblioteca e, ainda, como cuidar dos livros.

O vídeo atraiu a presença das crianças, o que ainda não era uma constante naquele ambiente. Os alunos da Educação Infantil, por exemplo, não frequentavam a biblioteca porque, nela, ainda não havia atividades voltadas a essa faixa etária.

Com o atendimento regular na sala de leitura, notamos que alguns alunos ainda se mostravam desinteressados pela leitura e que a maior parte dos professores não direcionava as atividades literárias para a biblioteca. 

Constatei ainda que os alunos apresentavam dificuldades para ler, compreender e interpretar textos diversos. Com a possibilidade de as crianças levarem livros para casa, alguns professores começaram a trabalhar com fichas literárias de avaliação do que havia sido apreendido.

A partir da observação do comportamento das turmas e dos registros de empréstimos de livros, verificamos quais obras já eram conhecidas pelas crianças e identificamos as preferências literárias de cada faixa etária.

Após a reinauguração, os alunos começaram a visitar a biblioteca mais vezes. Os professores, por seu turno, perceberam as diferenças no espaço físico e também a rapidez no atendimento às solicitações de obras e empréstimos, inclusive para compor a “Caixa Literária” da sala de aula.

Semestralmente, os professores escolhem, no acervo da biblioteca, livros do interesse e da faixa etária de suas turmas. Uma vez selecionados, passam a fazer parte da “Caixa Literária” que contém livros suficientes para todos os alunos.

O professor regente faz o rodízio das obras literárias, de forma que todos os alunos tenham a oportunidade de ler todos os livros da caixa.

Com isso, incentiva-se a prática de leitura não somente no espaço da biblioteca, mas também nas salas de aula e no cotidiano dos alunos, que podem levar os livros para casa.

As turmas de Educação Infantil começaram a frequentar a biblioteca, mas ainda não havia a leitura de histórias ou outras atividades direcionadas para elas. Para as crianças, o espaço era mais um playground, onde se entretinham sozinhas, em atividades sem nenhuma relação com leitura ou literatura.

No entanto, identifiquei que havia interesse delas em conhecer as histórias contidas nos livros. Isso ficou claro quando observei um menino de quatro anos abrir um livro de cabeça para baixo e folhear as páginas com um olhar de curiosidade.

Era necessário, então, acrescentar uma nova etapa ao trabalho de revitalização da biblioteca. Pensando, inicialmente, nas crianças não alfabetizadas, que ficavam naquele espaço, mas não tinham direcionamento e contato com a leitura, surgiu em mim o desejo de fazer algo que mudasse a realidade.

Esse desejo foi mais forte do que as minhas limitações funcionais, o medo, a insegurança e a dificuldade em lidar com ambientes tumultuados, barulhentos e estressantes.

Comecei, então, a organizar a contação de histórias. Fiz também uns cartazes com imagens do livro Clic-Clic, a máquina biruta do seu Olavo. Estudei bastante a história e comecei a maratona de contação para 44 turmas.

Os alunos se mostravam surpresos e receptivos quando percebiam que eu iria contar a história de um livro da nossa biblioteca, uma obra que tinha se transformado em um livro gigante.

Quando me encontravam pela escola, comentavam sobre a história e pediam para que eu contasse outra, numa próxima oportunidade. Isso foi um grande incentivo.

Comecei a pensar na próxima contação. Como estava perto do "Dia dos Namorados", considerei contar uma história de amor que abordasse um tema de relevância para eles. Escolhi uma história leve e envolvente que abordava a aceitação das diferenças. Para essa contação, fiz um teatrinho de fantoches com palitos.

Na sequência, deparei-me com mais uma dificuldade: vários alunos especiais não estavam sendo alcançados pelas atividades. Pedi orientação aos professores especializados nesse atendimento e a resposta que obtive foi desanimadora. "É assim, mesmo", diziam. Parecia que eles não estavam prestando atenção. Mas eu acreditava que, em algum momento, esses professores ainda teriam um insight.

Chegou agosto. A escola estava perto das comemorações pela "Semana do Folclore". Resolvi, então, contar a Festa no Céu, representar o personagem "Senhor Urubu" e ainda cantar uma música sobre a história.

Vesti-me com roupa preta, coloquei um chapéu preto e levei meu violão e uma tartaruga de pelúcia. Toquei e cantei uma versão mais compacta da música da tartaruguinha.

Fiz uma contação diferenciada, mas bem simples, para os alunos especiais. Percebi que estavam entendendo. Houve interação com a história, a ponto de uma aluna tentar salvar a tartaruga na parte do enredo em que o "Senhor Urubu" a lançava pelos ares. Depois, uma das professoras me disse que as crianças haviam pedido para que eu recontasse a história na sala de aula.

A partir dali, comecei a pensar numa forma para que os alunos participassem das histórias como personagens.

Em setembro, ocorreria a "Feira de Ciências", com o tema "Família". Pedi ajuda à equipe para que montássemos o cenário de um jardim e fizéssemos os figurinos de joaninhas (mãe e filha), formiga e besouro, dentre outros, para a história Procura-se um Lar.

Contei com a ajuda de uma colega. À medida que a história ia sendo contada, os alunos iam dramatizando as cenas. Foram várias apresentações e, em todas, houve a participação de, pelo menos, um aluno especial por grupo.

A dramatização da história e a possibilidade de serem personagens geram nos alunos um envolvimento ainda maior com a literatura.

Essas práticas levam as crianças a interagir e a se relacionar umas com as outras, aprendendo a respeitar as individualidades e a diversidade. O aluno, que é protagonista nesse processo, desenvolve seu potencial criativo como coautor das histórias e ainda fortalece o companheirismo na realização das atividades.

Em outubro, com o conto oriental A Semente da Verdade, abordamos preservação da natureza, cuidado com o planeta, diversidade cultural e valores éticos. O cenário e os figurinos remetiam à cultura chinesa. Foram entregues a todos os alunos da escola sementes de girassol para que fossem plantadas.

Em novembro, começamos os ensaios para as apresentações de fim de ano. Mesclamos música, literatura e teatro. O resultado foi a "Contata de Natal", que uniria contação de histórias e música.

Ensaiei quatro grandes grupos, que se apresentaram para toda a escola. Cada aluno ganhou uma varinha de neon que brilha no escuro. Ao final das apresentações, o ambiente escurecia e as luzes brilhavam.

Abrimos a nova temporada de contação de histórias, em 2018, com Faniquito e Siricutico no Mosquito, que, de forma bem-humorada, ensinou as crianças a usar as palavras mágicas da boa educação.

Contei essa história explorando sua musicalidade e sua poesia. Utilizei um pandeiro com frases de efeito, que todos aprenderam e utilizaram depois em todas as recontações.

Confeccionamos um painel e personagens colados em palitos. Num segundo momento, houve a recontação da história por todas as turmas, em seus respectivos horários.

Propus aos alunos que fizessem produções de textos a partir daquela contação. Alguns mudaram o final da história, outros fizeram resumo. Algumas crianças citaram a parte de que mais tinham gostado. Houve até uma aluna que produziu uma poesia, contando a história em rimas.

Filmamos todas as turmas para editarmos um vídeo, valorizando o trabalho executado. Postei o conteúdo no meu canal do YouTube para conhecimento de toda a escola e da comunidade. Por fim, dois grupos, um do turno matutino e outro do vespertino, foram escolhidos para apresentar à escola a peça teatral "Faniquito e Siricutico no Mosquito".

Recebi várias mensagens do grupo da escola depois dessas apresentações. Uma professora do 2º ano escreveu: "Obrigada pela iniciativa. Esses momentos são tão valorosos! Às vezes deixamos passar despercebidos, por conta da preocupação com o conteúdo que temos que vencer. Quando alguém toma a iniciativa, temos que aproveitar ao máximo". 

Outra professora, de ensino especial, enviou a seguinte mensagem para a equipe da biblioteca: "O quanto os nossos pequenos, apesar das especificidades deles, ficaram atentos, as gargalhadas de Bruna e Vitinho foram um feedback do quanto amaram. Fernandinha até colocou a história na cartinha que escreve diariamente para a mãe. Lindo trabalho, garotas!”.

Recebi também a visita de uma aluna de classe especial que costumava dizer “não” para qualquer pergunta. Dessa vez, ela entrou na biblioteca fora do seu horário de atendimento, sentou-se no tapete e ficou olhando para mim, acenando um joia com o polegar. Entendi essa atitude como um "sim", estou pronta para ouvir. Conte-me a história.

A avaliação também faz parte do “como fazer”. Ela foi muito importante em meu processo. Segundo Luckesi, "avaliar é um meio de tornar os atos de ensinar e aprender produtivos e satisfatórios, e para isso ocorrer, é preciso associar a avaliação à prática pedagógica do professor".

A avaliação da prática pedagógica deve ser um processo contínuo. Desde o primeiro momento de ensino-aprendizagem, já é possível fazer uma investigação e buscar possíveis soluções para as dificuldades encontradas.

Na execução de um projeto tão grande e árduo, busquei em todas as etapas possibilidades novas de melhorar o meu trabalho.

Antes da reestruturação da biblioteca, os alunos especiais e os alunos de Educação Infantil não tinham acesso àquele espaço. Com a reinauguração da sala de leitura, todos os alunos da escola puderam frequentar a biblioteca. 

Ao deparar com uma criança ainda não alfabetizada tentando entender o que continha em um livro, encontrei a solução na contação de histórias.

Em outro momento, observei que não era necessário apenas ter sensibilidade para lidar com as diferenças, mas também usar estratégias com criatividade para entrar no universo dos alunos especiais.

Certo dia, estava passando num dos corredores da escola e vi, afixado no mural da porta da sala de aula do 3º ano, um desenho de nossa biblioteca.

Aquele desenho retratava uma biblioteca com vários livros organizados nas estantes e um tapete representando um cantinho da leitura.

Havia ainda um personagem vivo sobrevoando a sala de leitura. Era um inseto bonito, grande, com asas enormes, representando um personagem de alguma história.

Percebi que aquele desenho era, de alguma forma, uma avaliação positiva do trabalho desenvolvido. O desenho de um personagem literário habitando a sala de leitura me fez perceber quão vívida a leitura havia se tornado para aquela criança.

Com base no relatório de empréstimo de livros, observei aumento no interesse pela leitura. O objetivo principal, que era incentivar a leitura, estava sendo alcançado de forma processual.

A participação crescente dos alunos nas recontações da história também foi um feedback importantíssimo para mim. Antes, os alunos do 4º e 5º anos, principalmente, mostravam-se arredios e com receio das críticas dos colegas nas apresentações. No entanto, timidamente, começaram a participar e, hoje, vários alunos dessa faixa etária me procuram antes mesmo da contação para dizer que querem participar como personagens da história.

Sempre ao final de cada contação, eu avaliava o processo para ver o que poderia ser melhorado. Assim, ao longo do tempo, fiz mudanças para aperfeiçoar o meu trabalho e gerar nos alunos mais interesse e encanto.

Comecei a buscar alternativas para sempre inovar na contação das histórias. Inseri cenários e músicas, usei bichos de pelúcia e fantoches de palito e toquei instrumentos musicais como violão e pandeiro.

Para maior envolvimento dos alunos, propus a eles que fizessem dramatizações, o que possibilitou a expressão artística, cênica e musical.

Dessa forma, os alunos se tornaram protagonistas, sentindo-se parte de tudo o que estava acontecendo. Passaram também a ter um maior envolvimento com os livros literários.

Os alunos participaram de reflexões sobre temas relevantes explorados nas histórias, como a aceitação das diferenças, a valorização do meio ambiente, a preservação do planeta, as diferenças de culturas, os valores éticos e a amizade.

Com o intuito de perceber o que os alunos estavam apreendendo, propus atividades diversificadas, como ilustrações das histórias e produções de textos. Assim, eles demonstraram o que haviam compreendido de uma obra, de qual personagem haviam mais gostado ou, ainda, a parte de uma história que mais tinha chamado sua atenção.

A recontação da história, de forma geral, estimula a participação e promove integração e amizade entre os alunos. Na apresentação da peça teatral "Faniquito e Siricutico no Mosquito, que foi feita para toda a escola, os personagens da história foram representados por alunos que pertenciam a turmas diferentes.

Dessa maneira, essa recontação com dramatizações gerou uma integração das turmas e a interação de alunos que até então nem se conheciam.

A reação espontânea na hora da contação e a execução de tarefas para recontação das histórias foram um retorno imediato no processo avaliativo.

A produção de textos, especificamente, é um eficiente meio de avaliação do processo ensino-aprendizagem, pois, além de observar a leitura funcional dos alunos, possibilita sabermos mais sobre seu desempenho na linguagem escrita.

O trabalho precisa continuar para que siga estimulando e aperfeiçoando as práticas de leitura e escrita, além de desenvolver a imaginação e a criatividade.

Percebo também que preciso buscar aperfeiçoamentos diversos. Pretendo fazer cursos de contação de histórias, de imposição de voz e de recursos dramáticos que possam me auxiliar no processo. Quero continuar fazendo avaliações, a cada contação, que me levem a explorar novas possibilidades.

Como esse projeto de contação de histórias implicou um trabalho extenso e complexo, envolvendo 44 turmas da escola, fiquei bem sobrecarregada, às vezes.

Muitas vezes falta ao professor regente o entendimento de que a biblioteca é uma extensão da sala de aula e que é necessária sua intervenção para que tudo flua bem naquele espaço.

Ao longo do projeto, passei a contar com o auxílio das colegas e, dentro do possível, com a ajuda financeira da escola, ainda que eu tenha de investir recursos próprios para manter a iniciativa. Além disso, trabalho muito em casa para conseguir realizar todas as atividades.

Apesar disso, o dia da contação de história se tornou o meu melhor momento. Os alunos se aquietam para entrar num universo incomum. Eles se mostram atentos ao que tenho a dizer. Creio que o olhar diferenciado das crianças para a abordagem que faço dos livros seja o reflexo da minha paixão em realizar esse trabalho. A paixão é necessária!