"A BNCC do Ensino Fundamental – Anos Iniciais, ao valorizar as situações lúdicas de aprendizagem, aponta para a necessária articulação com as experiências vivenciadas na Educação Infantil. Tal articulação precisa prever tanto a progressiva sistematização dessas experiências quanto o desenvolvimento, pelos alunos, de novas formas de relação com o mundo, novas possibilidades de ler e formular hipóteses sobre os fenômenos, de testá-las, de refutá-las, de elaborar conclusões, em uma atitude ativa na construção de conhecimentos. Nesse período da vida, as crianças estão vivendo mudanças importantes em seu processo de desenvolvimento que repercutem em suas relações consigo mesmas, com os outros e com o mundo." (BNCC, 2018, p. 58)

Podcast

Ouça o podcast sobre os Anos Iniciais do Ensino Fundamental.


Sustentabilidade x Educação, preservar é nossa missão!

Área(s): Ciências da Natureza.

O objetivo desta prática foi o de conscientizar os alunos de que a sustentabilidade ambiental e social é condição de subsistência humana urgente, que deve reestruturar e restabelecer novos hábitos em nossa cultura diante das contaminações da água e do solo pelo lixo, tornando-nos responsáveis pela preservação de nossos ecossistemas.

Componente(s): Ciências.
Quando: Sem período específico.
Materiais:
  • recursos para saídas (ônibus);
  • sementes;
  • computadores com acesso à internet;
  • projetor.

Habilidades trabalhadas: EF05CI05; EF05CI04; EF05CI02.
Escola: UME Mário de Almeida Alcântara, Santos (SP).
Professor(a) responsável: Jessica Muniz Braga.

O que é:

Na intencionalidade de expandir o senso ético de responsabilidade quanto ao consumo sustentável dos recursos naturais (especialmente a água), o projeto buscou colaborar para a diminuição de impactos ambientais no entorno da escola e na comunidade, contextos abordados por alunos moradores dos morros e proximidades.

Falar sobre sustentabilidade nos faz refletir sobre os modismos midiáticos que desconsideram os princípios e as demandas ambientais.

Contudo, as abordagens sazonais de órgãos específicos ficam aquém das circunstâncias e das resoluções cabíveis para sanar os problemas ambientais.

Dessa forma, o projeto teve por intuito o resgate e a ampliação de bons hábitos visando ao estabelecimento de um novo paradigma social de consciência ambiental.

Neste caso, os protagonistas foram os alunos, que foram estimulados a difundir e a multiplicar boas práticas para a sustentabilidade – na escola, na família, na praia, pelas calçadas.

No primeiro momento, foi feita uma apresentação para os alunos sobre as principais temáticas correspondentes à sustentabilidade e à preservação ambiental, maiores incidências de contaminação/degradação ambiental relacionadas à água e ao solo no entorno escolar, medidas de reparação e historicidade (patrimônio histórico ambiental de nossa região).

Depois, falamos de políticas públicas e legislação. Abordarmos também o descarte correto do lixo doméstico/público e medidas para prevenção e destinação dos resíduos produzidos no município.

No que diz respeito à tecnologia cooperativa, a professora usou uma página de rede social para expandir as práticas pedagógicas e alcançar mais pessoas.

Como fazer:

As atividades abrangeram estudos, pesquisas, ações práticas e saídas técnicas para estudo do meio, bem como integração e socialização dos trabalhos com toda a comunidade escolar.

Pautando-nos sempre pela autonomia, buscamos potencializar as habilidades dos alunos, por meio de entrevistas com pautas elaboradas por eles com os parceiros e atores escolares envolvidos no projeto.

Ao longo das etapas, o processo de aprendizagem evoluiu com a participação de parceiros externos, que agregaram reflexões sobre o projeto e colaboraram propiciando vivências práticas.

Tivemos palestra na Secretaria Municipal de Educação, promovida pela parceira Santista Ambiental (empresa que gerencia resíduos sólidos) e recebemos a ONG Ecophalt, que promoveu a intervenção plantio de mudas X lixeira ecológica.

Esta ação possibilitou aos alunos do 5º ano A exercitarem seu protagonismo, com a turminha do 1° ano B para participação na oficina de plantio. Os mais velhos foram os mediadores, compartilhando as atividades com os menores.

Além disso, construímos um mapa da cidade de Santos, afixando-o no corredor da escola. Na biblioteca, foram organizadas sessões de leitura e de vídeos temáticos para rodas de conversa e reflexões das aprendizagens.

Também visitamos o Palácio Saturnino de Brito, que guarda as memórias da construção do sistema de canais (saneamento básico) do município.

Em cada etapa do projeto, revelou-se o engajamento dos envolvidos, que ainda criaram vídeos para socializar na escola e atrair parcerias internas para a reciclagem de materiais, como caixas de leite da merenda, usadas na produção de objetos de decoração e brinquedos.

Em nosso projeto, as dificuldades foram encaradas como desafios, o que fortaleceu o grupo e deu ainda mais representatividade às ações articuladas.

Uma iniciativa que deu orgulho a todos foi o "Jornal da Sustentabilidade", que, mesmo após o fim do projeto, seguiu sendo publicado semanalmente, com informações oriundas da Secretaria do Meio Ambiente e da imprensa, e com os devidos créditos.

Em junho de 2018, tivemos uma ação civil, na qual o Grêmio mirim estudantil acompanhou os alunos do 5° ano A em audiência pública municipal na Câmara Municipal.