O que vejo por onde passo?
Esta prática teve com oobjetivo fazer com os alunos compreendessem tópicos como percurso percorrido, deslocamento, localização e meios de transporte por meio de experiências vividas no trajeto entre suas casas e a escola.
Quando: Em qualquer momento do ano.
Materiais:
- mapas;
- brinquedos (carrinhos em miniatura);
- câmera fotográfica.
Professor(a) responsável: Ivanilce Galvão Borges.
O que é:
Denominado “O que vejo por onde passo?”, nosso projeto visou fomentar nos alunos um aprendizado a respeito das experiências vividas no percurso entre suas casas e a escola, o que incluiu, por exemplo, informações sobre localização e meios de transporte.
Nessa perspectiva, com base na diversidade de conhecimentos, selecionei estratégias e busquei a parceria das famílias.
Como fazer:
A primeira proposta foi levar os alunos ao parquinho. Lá, disponibilizei miniaturas de carrinhos, dentre outros brinquedos, que possibilitassem o trabalho coletivo de "construção" do trajeto de casa até a escola. A tarefa foi registrada por fotos, utilizadas posteriormente num cartaz.
Pedi aos alunos, como tarefa de casa, que olhassem atentamente o trajeto até a escola e que relatassem a experiência aos pais. A ideia era que organizassem uma "planta baixa" do trajeto, nomeando os lugares por onde passavam diariamente.
Para isso, levei para a sala de aula o mapa do Distrito Federal. Expliquei onde estavam situadas a escola e as demais cidades onde as crianças moravam. Mostrei, no celular, um aplicativo de localização geográfica. Simulamos o percurso da minha casa até a escola no mapa do aplicativo.
Listamos no quadro os nomes de algumas localidades doo percurso.
Colocamos esses nomes em ordem alfabética, ressaltando as letras iniciais e finais e a quantidade de sílabas e letras contidas nas palavras
Iniciamos um processo de aprendizagem sobre gráficos, indicando a quantidade de alunos residentes nas regiões destacadas.
Reuni as ideias e fiz uma "cascata" de palavras, relacionando-as ao percurso e à localização. Em seguida, partimos para a produção de um texto coletivo.
Os alunos transcreveram o pequeno texto em seus cadernos e ilustraram cada etapa.
Conversamos sobre horários – de acordar para ir à escola, de entrada e de saída. Falamos ainda sobre o calendário e dias da semana, enfatizando a diferença entre hoje, ontem e amanhã.
Agendei uma visita ao Espaço Cultural do Tribunal de Contas da União (TCU), onde visitamos uma exposição sobre o arquiteto Oscar Niemeyer. Além de verem imagens de suas obras, os alunos apreciaram alguns croquis de mapas sobre a construção de Brasília. Ali, mais uma vez, demonstrei que os mapas facilitam a localização das pessoas quando procuram por ruas, cidades e lugares.
Nessa abordagem de trabalho, a avaliação da aprendizagem dos estudantes ocorreu de forma contínua e progressiva. No projeto, avaliei os alunos com base em critérios como observação, participação, interesse e empenho nas atividades práticas. Avaliei ainda os desenhos dos percursos e a atuação na produção de texto coletivo
Trabalhar com projetos é gratificante, apesar de ser trabalhoso, por causa dos resultados infinitamente satisfatórios. Para o professor é o ápice da sua realização profissional.
Com dedicação, persistência, firmeza e muito amor, essa experiência pode ser vivida por professores de outras escolas. Não vejo qualquer empecilho para sua execução.