"A dinâmica social contemporânea nacional e internacional, marcada especialmente pelas rápidas transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico, impõe desafios ao Ensino Médio. Para atender às necessidades de formação geral, indispensáveis ao exercício da cidadania e à inserção no mundo do trabalho, e responder à diversidade de expectativas dos jovens quanto à sua formação, a escola que acolhe as juventudes tem de estar comprometida com a educação integral dos estudantes e com a construção de seu projeto de vida." (BNCC, 2018, p. 464)

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Uso do modelo STEM Education na produção de equipamentos de laboratório didático de baixo custo

Competência 2 | Competência 3
Área(s): Ciências da Natureza.

Esta prática teve como objetivo montar os equipamentos propostos para que ajudassem nossa e outras escolas a trabalhar com ferramentas digitais colaborativas exigidas por empresas no dia a dia e promover o empreendedorismo e a compreensão de seus impactos positivos e negativos em nossa sociedade. Além disso, aplicar o modelo STEM (Science, Technology, EngineeringandMathematics – Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática) como uma nova ferramenta de ensino integrado de ciências.

Quando:
Em qualquer momento do curso.
Materiais:
Os materiais não são descritos de forma detalhada.
Competências específicas:
CNT – Competência 2; Competência 3
Habilidades trabalhadas:
EM13CNT205; EM13CNT301; EM13CNT302; EM13CNT307
Professor(a) responsável: Antonio Roberto Petali Junior.
Escola: CIEP 117 Carlos Drummond de Andrade Intercultural Brasil-Estados Unidos, Nova Iguaçu (RJ).

O que é:

Projeto visou à produção de equipamentos de laboratório escolar de baixo custo.

Como fazer:

Um dos primeiros passos do projeto foi aprender a finalidade dos equipamentos, como funcionavam e quais eram princípios teóricos que eu poderia tirar da experiência para ensinar Química, Biologia e Física de forma integrada e de acordo com o currículo escolar.

Em dois tempos de aula e durante diversos momentos extraclasse, tivemos exposições e pesquisas sobre os equipamentos de laboratório. Pesquisamos sobre sua utilidade, de que forma eram usados, a quais atividades humanas atendiam e, finalmente, seus valores de mercado.

Para isso, separamos a turma em grupos de trabalhos. Como resultado, chegamos à seguinte configuração para o nosso laboratório: centrífuga, estufa, destilador, capela, suporte e registros.

As tardes das quartas-feiras ficaram livres. Aproveitei o momento para criar com alguns outros professores o "Clube de Ciências".

No projeto, os alunos tinham dois momentos comigo: um em sala de aula e outro no horário do "Clube das Ciências".

Ensinei o conteúdo com base em pequenas pesquisas, extraindo delas e do projeto os assuntos que eram pertinentes ao ensino de Química, integrando-os sempre que possível com Biologia e Física.

Focamos, então, em dois protótipos. Na sala de aula, abordamos a parte teórica do ensino integrado de ciências e tecnologia.

No espaço de trabalho, vivenciamos os aprendizados socioeducacionais em Matemática Aplicada e Engenharia de Produtos.

Os testes de cada equipamento foram realizados separadamente com cada grupo.

Ao final, a avaliação dos alunos utilizou as seguintes referências:

As tardes das quartas-feiras ficaram livres. Aproveitei o momento para criar com alguns outros professores o "Clube de Ciências".
  • rodas de conversa;
  • ferramentas colaborativas on-line, como o Google Classroom, do pacote Google for Education;
  • organização do 1º Encontro de Ciências Tecnologia e Sociedade, evento com atividades como mesa redonda, palestras, minicursos, roda de conversa, mostra cultural e científica;
  • inscrição na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace, 2018).

Toda essa atividade pode ser replicada por outros professores. São inúmeras as possibilidades de produção de equipamentos em cada escola.

Em nosso projeto, não ficamos presos aos equipamentos de laboratório. O método aplicado foi de extrema flexibilidade, dependendo somente do diálogo dos professores com seus alunos.

Dicas

O diálogo é a base desse tipo projeto. Quanto maior o protagonismo dos alunos, mais oportunidades haverá para eles utilizarem suas experiências socioculturais na resolução de problemas.

O professor pode aprender a trabalhar com pedagogia ativa, pedagogia de projetos, sendo, de fato, um mediador e um orientador dos estudantes e dedicando seu tempo ao que realmente é fundamental para a turma.

É importante haver um link entre teoria e prática. O professor pode apresentar artigos para ajudar os alunos a pensarem sobre determinadas temáticas.

Pode ainda organizar um bate-papo para que todos exponham seus pensamentos sobre o processo.

Essa ação pode ser útil também para resgatar aqueles que se dispersaram ao longo do processo. É conhecido que a dispersão é um dos principais problemas do projeto, pois alunos dispersos conseguem, de alguma maneira, desestimular outros alunos.

O professor deve usar ainda as habilidades socioemocionais, direcionando-as para extrair o melhor proveito possível do trabalho dos líderes de grupo. Aqueles que sabem escrever, organizar, liderar e operacionalizar podem potencializar o grupo, à medida que suas habilidades são bem utilizadas, ou desmantelá-lo, quando fazem mau uso dessa capacidade.

Cada aluno tem seu tempo e suas limitações. Muitas vezes, vale a pena deixar que eles próprios se organizem, com a ajuda dos colegas com maior carga de conhecimento.

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