"A dinâmica social contemporânea nacional e internacional, marcada especialmente pelas rápidas transformações decorrentes do desenvolvimento tecnológico, impõe desafios ao Ensino Médio. Para atender às necessidades de formação geral, indispensáveis ao exercício da cidadania e à inserção no mundo do trabalho, e responder à diversidade de expectativas dos jovens quanto à sua formação, a escola que acolhe as juventudes tem de estar comprometida com a educação integral dos estudantes e com a construção de seu projeto de vida." (BNCC, 2018, p. 464)

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Videoaulas e redes sociais: instrumentos potencializadores do ensino e da aprendizagem

Competência
Área: Linguagens.

Desenvolvimento de estratégia de videoaulas, pelos alunos, para o ensino dos conteúdos da disciplina de Eletricidade Básica, com ampla divulgação na comunidade por meio do Facebook.

Quando:

Durante o ano letivo.

Materiais:
  • Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) para a produção de videoaulas;
  • redes sociais para divulgação das produções;
  • materiais do curso de Eletricidade.
Competências específicas:

LGG – Competência 7

Habilidades trabalhadas:

EM13LGG701; EM13LGG702; EM13LGG703; EM13LGG704.

Escola: Instituto Federal do Pará, Parauapebas (PA).
Professor(a) responsável: Thabatta Moreira Alves de Araujo.

O que é:

Levei para o ambiente escolar instrumentos do cotidiano dos alunos e utilizei as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) como facilitadoras dos processos de ensino e aprendizagem

Como fazer:

Propus como tarefa da disciplina de Eletricidade Básica a produção de videoaulas para publicação nas redes sociais. Esse tipo de estratégia de ensino é denominado Aprendizagem Baseada em Problemas (ABP) e se enquadra na relação de metodologias ativas na educação, por meio das quais, a partir de uma problemática, “os alunos trabalham buscando uma solução” (Berbel, 1996).

No que diz respeito à aprendizagem ativa e significativa, a proposição de construção de videoaulas pelos alunos se relaciona com vários aspectos, dentre eles o instrumento multilinguístico.

Moran (1995) afirma que o vídeo "está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula". Ele mostra ainda como se pode usar essa vantagem, de modo a atrair a atenção e estabelecer novas pontes entre outras práticas de ensino.

Iniciei o trabalho com a introdução aos conceitos preliminares da disciplina, por meio de aulas expositivas, da realização de trabalhos em grupo e de momentos de resolução de exercícios, com o uso de recursos disponíveis, como o quadro branco e o DataShow.

O momento de culminância da disciplina ocorreu com a elaboração do trabalho final, que fez parte das atividades avaliativas.

Propus, então, a cada grupo que elaborasse uma videoaula de até 20 minutos sobre um dos temas do bimestre.

Para isso, poderiam usar todos os mecanismos disponíves para que, como resultado, tivéssemos materiais criativos e autênticos.

Os alunos se dividiram em cinco grupos. Cada um criou uma fanpage no Facebook. Os vídeos foram postados pelos líderes de cada grupo e divulgados à comunidade.

Acompanhei e orientei todo o processo de construção do material, e os alunos se mostraram bastante interessados e empenhados no cumprimento das tarefas.

Alguns critérios para avaliar os trabalhos:
  • nível técnico dos temas tratados nas aulas, o alcance do vídeo (pelas "curtidas" e pelos compartilhamentos), a divisão de tarefas pelos grupos e a pontualidade no envio do vídeo para a avaliação;
  • qualidade do vídeo, em sua relação com a aula ministrada (metodologias, didática, conteúdo e referências) e com o material didático gerado (recursos de imagem, criatividade e edição);
  • empenho dos alunos em, com as produções, alcançar o maior número possível de pessoas.

Saiba mais

BERBEL, N. A. N. Metodologia da problematização no Ensino Superior e sua contribuição para o plano da praxis. Seminário, v. 17, n. esp., p. 7-17, 1996.

MORAN, J. M. O vídeo na sala de aula. Revista Comunicação & Educação. São Paulo: ECA-Ed. Moderna, 1995.